Porto-Ferreiro

Porto-Ferreio, Oliveira de Frades, 3680-178
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Pinheiro (Oliveira de Frades)
Pinheiro de Lafões é uma freguesia portuguesa do concelho
de Oliveira de Frades, com 22,25 km² de área e 1
277 habitantes (2011). Densidade: 57,4 hab/km². Antigamente
era chamada Pinheiro de Lafões. Ainda hoje é
conhecida por esse nome - Pinheiro de Lafões.
Pinheiro de Lafões pertence ao arciprestado e concelho
de Oliveira de Frades, distrito de Viseu.
Foi ducado de Lafões e possuiu juiz ordinário, sujeito ao
juiz de fora da vila de Vouzela, apresentado por aquele
ducado (2.ª metade do século XVIII). Por esta altura pertencia
à Comarca de Viseu.
Integrou os concelhos de Lafões e Vouzela, mas com a
criação do concelho de Oliveira de Frades, em 1837 - de
uma forma definitiva passa a ser uma de suas freguesias,
actualmente com os seguintes lugares:
Antelas, Couço, Felgueiras, Fundo de Vila, Francelha,
Lameiro Mole, Lomba da Bouça, Nespereira, Paredes de
Gravo, Passos, Pereiras, Pinheiro, Pontefora, Porto ferreiro,
Prova, Quetriz, Ral e Sobreiro.
Recorria à Comarca de Vouzela até ao aparecimento da
sua congénere de Oliveira de Frades, nos primeiros anos
do século XX.
Possuiu um posto de registo civil, até à sua concentração
na sede do concelho e o seu correio é oriundo da Estação
de Oliveira de Frades, com um Posto em Pereiras,
que serviu a parte “alta” da freguesia e ainda Reigoso e
Destriz.
Situa-se a sede de Freguesia de Pinheiro de Lafões a cerca
de 4 km (Oeste) de Oliveira de Frades, com tendência natural
para os Rios Vouga (a norte) e Alfusqueiro (a Sul),
que passam a deslado. Já as Memórias Paroquiais do século
XVIII aludiam àqueles cursos de água, adiantando
que não há rios de nome, apenas alguns regatos - de Inverno,
com água; de Verão, secos.
Integrada em plena região de Lafões, de quem herdou,
inclusivamente, o apelido distintivo, não foge muito à regra,
quanto aos tipos de solo, clima, vegetação, geologia
e demais condições naturais.
Na sua área territorial desenrolou-se a vida humana desde
tempos remotos. A par de alguma documentação escrita
dos séculos X a XIII, que faz referências concretas a este
espaço definido, muitos outros testemunhos vêm obrigarnos
a recuar no tempo: a anta de Antelas e uma vasta série
de mamoas em redor são claro exemplo de povoados habitados
há milénios atrás. O. da Veiga Ferreira e Manuel
Leitão, situando-a no Neolítico II, fazem pender os pratos
da balança para um tempo que pode ir de 4000 a 3000
anos antes de Cristo.
Podemos adiantar que por esta zona passaram gentes com
elevado sentido cultural, porque a arte rupestre, a pintura
encontrada na citada Anta, é do mais requintado e significativo
que, neste domínio, se pode observar (como Albuquerque
e Castro comprovou em 1957). Este pendor
para a arte faz supor, por outro lado, que esta é uma terra
rica, uma vez que se pode associar a vida artística a uma
certa prosperidade.
A tendência para aqueles sítios de serrania ou planálticos,
ligeiramente ondulados, compreende-se, por serem os locais
a privilegiar por essas comunidades, um pouco avessas
a vales e a grandes aglomerados. Talvez se possa dizer
que Pinheiro de Lafões (a área da circunscrição administrativa
actual) começou por aquelas paragens em termos
de povoamento.
Do lugar de Pinheiro (sítio da Igreja) se dizia, no ano
de 1716, que ali não havia mais casas que as da Abadia,
quase parecendo uma vivenda eremítica. Sem levarmos
isto à letra, nada nos custa a crer que os maiores povoados
foram, em tempos idos, aqueles mais a Sul, em redor
de Antelas, Pereiras, Sobreiro…
No século XIII (1258) faz-se menção dos lugares de Guetriz,
Nespereira, Paredes Secas, Pereiras, Pinheiro, Porto
(de) Ferreiro, Rial e Vespeiras e omite-se o de Antelas,
pelo menos enquanto detentor de tal designação. Não
deve ser sinal de hiato humano, mas parece revelar uma
certa perda de importância.
As origens destes topónimos, matéria sempre difícil de
concretizar, são variadas: enquanto Quetriz se filia em
raízes germânicas, genitivo de Guedaricus (Guedarici
villa, villa ou quinta de Guedaricus) e Antelas vai buscar
o seu nome ao monumento que a celebrizou, Pinheiro,
Nespereira, Pereiras, Sobreiro mostram-nos a botânica
em acção, a fornecer tais nomes. Com alguma dose de
credibilidade, a paróquia de Santa Maria de Pinheiro foi
buscar este apelido a um pinheiro "… de estranha grandeza
que estava junto à Igreja e se arrancou há poucos
anos ou caiu com algum furacão ou tormenta… ".
A primeira parte do nome, devido à proliferação de iguais
títulos, veio a ser acrescentada de “de Lafões”, em clara
manobra de posse regional: este é Pinheiro de Lafões e
não um qualquer outro.
Mas uma outra tese contesta, em parte, aquela que acima
indicámos e relaciona Pinheiro com o termo pinarius, adjectivo
que indica um terreno apropriado ao desenvolvi-
1
2 1 PATRIMÓNIO
mento daquela árvore.
Paredes Secas, a evidenciar a existência de castros por
perto, veio a designar-se, mais tarde, por Paredes de
Gravo, por ligação, talvez, com o monte que rodeia este
lugar - Mons Gabro, como se pode ver num documento
referente a Cercosa, inserido na obra Diplomata et Chartae,
pág. 116: "… et auet iacentia in villa cercosa
subtus mons gabro discurrente riuulo cambar territorio
alaphoen… ".
Estes são alguns exemplos de uma toponímia mais ou menos
desvendada. Muita falha há nestas matérias e, por
isso, não vamos arriscar teorias quanto a outras povoações,
embora Portoferreiro se possa prender com qualquer
mester medieval (Porto do Ferreiro) e Pontefora se
ligue a algum viaduto das imediações.
(texto inserto no site da Câmara Municipal de Oliveira de
Frades)

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